terça-feira, 16 de setembro de 2014

A escassez cria um mantra: “economizar água”

A água é a grande responsável pelo funcionamento da vida na Terra. Sua poluição atinge as pessoas de forma direta, uma vez que a água é usada para saciar a sede, para tomar banho, para lavar roupas e utensílios e, principalmente, porque é indispensável para todas as formas de vida do planeta.  Além disso, abastece nossas cidades, sendo também utilizada nas indústrias e na irrigação de plantações.
Por esse motivo, ela deve ser limpa, pura e não carregar microorganismos patogênicos, o que pode ser conseguido através do seu tratamento, desde retirada dos rios até a chegada nas residências urbanas ou rurais.
No Brasil, temos um triste exemplo que é o rio Tietê, certamente um dos rios mais poluídos do planeta. Quando passa pela região metropolitana de São Paulo, ele recebe quase 400 toneladas de esgoto por dia e é considerado morto: só sobrevivem no seu leito organismos que não precisam de oxigênio, como certos tipos de bactérias e fungos.
Para refrear a atual poluição desenfreada de nossos rios e lagos bastam três ações: coletar, afastar e tratar os esgotos antes de lançá-los no rio. Um método simples, mas que a maioria dos países não consegue aplicar.
Mas o que poderia acontecer a uma pessoa que mergulha num rio poluído? Pegaria uma simples diarreia? Talvez. Mas tudo indica que acarrete em uma enxurrada de problemas, muitos deles mortais:
GASTROENTERITE: Essa inflamação no sistema digestivo que provoca diarreia, vômitos e febre é a doença mais fácil de pegar em um rio, já que seus germes proliferam facilmente na água. O tratamento é feito com remédios para eliminar os microorganismos e com soro contra a desidratação
HEPATITE: É outro vírus comum nos esgotos, porque muitas pessoas estão infectadas, mas não manifestam a doença. Os sintomas (febre, mal-estar e náusea) se manifestam de duas a sete semanas depois do contato com o vírus. Apesar de poder ser fatal, a hepatite é curável com remédios
FEBRE TIFÓIDE: Não aparece muito, mas é grave: os principais sintomas são febre, dor de cabeça, náusea, vômito, dor abdominal e erupções na pele. A bactéria tem um período de incubação de até duas semanas. Com medicamentos, a doença some em um mês, mas se não for tratada pode matar 25% dos infectados
ASCARIDÍASE: Essa doença, que também aparece bastante, tem descrição assustadora: as larvas da lombriga que causa a enfermidade entram na circulação, ganham o sistema digestivo e param no intestino, onde crescem até 40 centímetros. Em casos graves, só uma cirurgia resolve
LEPTOSPIROSE: Essa doença transmitida pela urina de ratos costuma surgir em rios com ninhos de roedores em suas margens. A bactéria causadora entra no corpo por pequenas feridas na pele e pelas mucosas do olho, da boca, do ânus ou da vagina, podendo matar até 15% dos contaminados
POLIOMIELITE: A doença foi erradicada do país, mas pode chegar ao esgoto pelas fezes de pessoas que estiveram no exterior. Os sintomas são febre, dor de cabeça, distúrbios gastrointestinais, nuca rígida e até paralisias. Se a vacina não estiver em dia, a doença não tem tratamento e pode matar
CÓLERA: O problema está controlado no Brasil, mas o vibrião também pode parar nos rios que recebem dejetos de aeroportos internacionais, por exemplo. A cólera causa diarreia intensa, vômitos e colapso no sistema circulatório. Se não houver tratamento nas primeiras horas, a mortalidade chega a 50%
TÉTANO: A bactéria que transmite esse mal se aloja em ferimentos e afeta o sistema nervoso, provocando contrações musculares e podendo até matar. A boa notícia é que, se a vacina antitetânica ainda estiver valendo, o risco de contrair a doença desaparece.


Poluição causada por cemitérios: Necrochorume que é responsável pela poluição feita pelos cemitérios, ele é composto de sais minerais, água, substâncias orgânicas degradáveis, grande quantidade de vírus e bactérias e outros agentes patogênicos. Nessa substância também pode ser encontrados formaldeído e metanol e também resíduos do hospital. Há cada quilo de massa corporal, é gerado em torno de 0,6 l de necrochorume. A maioria dos cemitérios ainda tem uma forma muito antiga de construção, ocorrendo muitas inundações. A água da chuva, após atravessar os cemitérios, cai na rede pluvial urbana, sendo depois canalizada para corpos d’água contaminando as águas superficiais com as substâncias presentes no necrochorume. Nos cemitérios localizados onde o lençol freático é pouco profundo, as chances de contaminação das águas subterrâneas são grandes.


Poluição causada pela agricultura: Uma das grandes causas de poluição na região sul do Brasil é causada pelos resíduos soltados pelos agricultores. Os agrotóxicos são agentes químicos indispensáveis pela agricultura, mas o que os agricultores não entendem ou não estão nem aí. Quando chove, as águas arrastam as partículas dos compostos dos agrotóxicos contidos nos solos tratados, poluindo rios, lagos e mares. O uso maior de agrotóxicos começou aumentar quando os agricultores notaram que cada vez mais estava crescendo as pragas e insetos e assim foram criando maior resistência aos agrotóxicos. Os fertilizantes também podem, quando usados de forma excessiva e mal planejada, levar à poluição das águas superficiais de rios, lagos e represas, causando prejuízo para o ecossistema. Quando essa substância chega á água as algas se proliferam rapidamente, acima do normal, assim dificulta a entrada de luz e a oxigenação da água.


Equipe: Ingrid de Moraes Vargas, Amanda Duarte Lima, Larissa Goulart, Emilly Correa Fernandes, Sabrina Lima Cardoso.

Referências:
   Revista Superinteressante, edições de janeiro e outubro de 2005.

Confira mais em:
http://www.infoescola.com/ecologia/poluicao-da-agua/
http://www.suapesquisa.com/poluicaodaagua/
http://www.brasilescola.com/quimica/poluicao-agua.htm
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Agua/Agua7.php
http://biologiaambiental-ufal2008.wikidot.com/poluicao-da-agua
https://www.youtube.com/watch?v=klzi6Ko8EuY
https://www.youtube.com/watch?v=6SDEYnrrwL8

                 Equipe responsável pelos links: Beatriz, Jéssica, Michaela, Pedro e Victor

Equipe responsável pela foto: Arnoldo Teixeira, Júlia Silva, Letícia Alves, Manuela Goulart, Maria Eduarda Brígido

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